quinta-feira, janeiro 04, 2007

A fidelidade de Deus e Jacó

Hoje estava lendo sobre Jacó e percebi algo interessante: como a graça e a misericórdia de Deus são independentes de nossas atitudes.
Em Gênesis 25:23, Deus fala a Rebeca que seu filho mais velho seria servo do mais moço (sim é a mesma passagem usada por Paulo em Romanos 9, mas hoje não falarei sobre eleição).
Mesmo sabendo disso, Rebeca orienta Jacó a mentir a seu pai Isaque e "roubar" a benção que seria, em teoria, do primogênito, ou seja, de Esaú (Gen 27).
Jacó chega a usar o nome de Deus em vão: "Respondeu Jacó a seu pai: Eu sou Esaú, teu primogênito; tenho feito como me disseste; levanta-te, pois, senta-te e come da minha caça, para que a tua alma me abençoe. Perguntou Isaque a seu filho: Como é que tão depressa a achaste, filho meu? Respondeu ele: Porque o Senhor, teu Deus, a mandou ao meu encontro." Gen 27:19-20.
É interessante notar que mesmo assim Deus abençoa a Jacó (Gen 28: 13-15). Deus continuou fiel a promessa dada a Rebeca. Olhando por outro prisma: era decreto de Deus (opa, não ia falar sobre eleição).
Por olhos humanos: se eu dissesse para alguém que ia fazer algo de bom e essa pessoa me aborrecesse, meu instinto seria o de voltar atrás e não fazer o que havia prometido. Mas Deus não. Ele perdoa, disciplina (vejo a trapaça de Labão como disciplina divina) e continua agindo com Sua maravilhosa graça.
Por aí podemos concluir que a graça de Deus independe de qualquer mérito humano.
Se fosse por mérito, nem Jacó muito menos o profano Esaú (Heb 12:16) seriam escolhidos ou abençoados.
Graças a Deus, portanto, pela Sua graça imerecida. Só mesmo assim um pecador como eu teria sido escolhido.

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