quarta-feira, abril 14, 2010

A Obra para a qual todos fomos chamados.

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” Mateus 28:19-20.

Todos que somos convertidos há algum tempo já conhecemos e ouvimos diversas vezes sobre o trecho bíblico acima citado. Qual de nós nunca repetiu o texto da Grande Comissão em alguma campanha de missões? Muita ênfase tem sido dada a parte que diz “ide” e de fato é urgente e importante que se pregue o evangelho. No entanto, pouca ou nenhuma ênfase é dada à necessidade de fazer discípulos apesar da ênfase do texto ser justamente a de fazermos discípulos.

Tomemos como exemplo a vida do apóstolo Paulo. Certamente ele anunciou muito a pessoa de Cristo. Mas ele não falava simplesmente o plano de salvação e largava a pessoa. Ele discipulava e ensinava todas as coisas que Cristo mandou como ordenado no verso 20. Há um texto que ilustra bem o que estamos afirmando. Leia Atos 19; 8-10. Durante dois anos inteiros Paulo ensinou diariamente na escola do homem chamado Tirano, ao final dos quais toda Ásia havia ouvido falar de Jesus. Isso mesmo, toda a Ásia. Na manhã de hoje, pense em quantas vidas você evangelizou ao longo de toda sua caminhada cristã. Muitas, não é mesmo? Agora pense em quantas vidas você discipulou. Peça a Deus que Ele te capacite bíblica e espiritualmente a fim de usá-lo o para fazer discípulos. Esse deve ser nosso desejo e nossa oração.



sexta-feira, julho 03, 2009

FIFA repreende comemoração religiosa do Brasil na África

A comemoração do Brasil pelo título da Copa das Confederações, na África do Sul, e o comportamento dos jogadores após a vitória sobre os Estados Unidos causaram polêmica na Europa. A queixa é de que a seleção estaria usando o futebol como palco para a religião. A Fifa confirmou à Agência Estado que mandou um alerta à CBF pedindo moderação na atitude dos jogadores mais religiosos, mas indicou que por enquanto não puniria os atletas, já que a manifestação ocorreu após o apito final.

Ao final do jogo contra os EUA, os jogadores da seleção brasileira fizeram uma roda no centro do campo e rezaram. A Associação Dinamarquesa de Futebol é uma das que não estão satisfeitas com a Fifa e quer posição mais firme. Pede punições para evitar que isso volte a ocorrer.

Com centenas de jogadores africanos, vários países europeus temem que a falta de uma punição por parte da Fifa abra caminho para extremismos religiosos e que o comportamento dos brasileiros seja repetido por muçulmanos que estão em vários clubes da Europa. Tanto a Fifa quanto os europeus concordam que não querem que o futebol se transforme em um palco para disputas religiosas, um tema sensível em várias partes do mundo. Mas, por enquanto, a Fifa não ousa punir o Brasil.

"A religião não tem lugar no futebol", afirmou Jim Stjerne Hansen, diretor da Associação Dinamarquesa. Para ele, a oração promovida pelos brasileiros em campo foi "exagerada". "Misturar religião e esporte daquela maneira foi quase criar um evento religioso em si. Da mesma forma que não podemos deixar a política entrar no futebol, a religião também precisa ficar fora", disse o dirigente ao jornal Politiken, da Dinamarca. À Agência Estado, a entidade confirmou que espera que a Fifa tome "providências" e que busca apoio de outras associações.

As regras da Fifa de fato impedem mensagens políticas ou religiosas em campo. A entidade prevê punições em casos de descumprimento. Por enquanto, a Fifa não tomou nenhuma decisão e insiste que a manifestação religiosa apenas ocorreu após a partida. Essa não é a primeira vez que o tema causa polêmica. Ao fim da Copa do Mundo de 2002, a comemoração do pentacampeonato brasileiro foi repleta de mensagens religiosas.

A Fifa mostrou seu desagrado na época. Mas disse que não teria como impedir a equipe que acabara de se sagrar campeã do mundo de comemorar à sua maneira. A entidade diz que está "monitorando" a situação. E confirma que "alertou a CBF sobre os procedimentos relevantes sobre o assunto". A Fifa alega que, no caso da final da Copa das Confederações, o ato dos brasileiros de se reunir para rezar ocorreu só após o apito final. E as leis apenas falam da situação em jogo.
Comentarei em breve essa notícia.

quarta-feira, maio 28, 2008

Calibre 66, cano duplo.

Essa imagem é do excelente blog Pyromaniacs. Para quem lê inglês ou consegue entender com um certo esforço (como eu), é uma excelente fonte de discussão acerca das Sagradas Escrituras. Quem edita o blog é o Phillip R. Johnson e sua trupe.

Phil ainda é responsável por outros sites como Spurgeon Archive (Arquivo Spurgeon) e outros.

Eu sei, esse post ficou cheio de links mas esse foi o objetivo mesmo.

domingo, maio 25, 2008

A Tristeza Pode Fazer Bem

"Melhor é a boa fama do que o melhor ungüento, e o dia da morte do que o dia do nascimento de alguém. Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração. Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração. O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria." Eclesiastes 7:1-4

No início desse mês faleceu minha tia-avó Beatriz Rocha. Ela já tinha uns 94 anos, de modo que em todas as minhas lembranças ela já era idosa. Sempre que eu a via, além de carinho e apreço por ela, tinha um sentimento de cuidado com aquela tão fragilzinha criatura de Deus.
Quando soube de seu falecimento, a primeira coisa que pensei foi em sua fragilidade...mas logo depois lembrei do trecho de Eclesiastes 7 acima citado.
Pude então ser consoldado pela Palavra de Deus com esse texto.
Realmente não há muito o que fazer num enterro senão consolar os vivos e refletir sobre a fugacidade da vida. Na ocasião lembrei de quantas vezes pude falar de Cristo para minha tia-avó e nunca toquei no assunto.
O que me veio a mente também foi que a tristeza faz bem( Eclesiastes 7:3). Acho que alguns pretensos pastores deveriam ler mais a Bíblia e saber que às vezes é bom ficar triste. Nesses nossos tempos em que se prega tanto que não se pode ficar doente, triste ou sem grana...deveria se pregar mais sobre Eclesiastes 7. Pouco se prega sobre o fato de Deus querer que fiquemos tristes de vez em quando, que a tristeza nos faz refletir, poderar e avaliar nossas vidas e que isso redunda em louvor e glória a Deus.
Que Deus nos ensine a considerar os momentos de tristeza como oportunidades de crescer na graça e no conhecimento de Deus.
Soli Deo Glória.

sexta-feira, novembro 16, 2007

Quantidade não é qualidade

Depois de muitos meses sem postar nada, resolvi escrever poucas linhas daquilo que penso a respeito do evangelicalismo brasileiro.
Segundo pesquisa os evangélicos já são mais de 15% dos brasileiros.
Esse índice deveria ser motivo de alegria mas tem sido de tristeza.
Se somos tão numerosos por que nada mudou em nosso país?
Se o número de evangélicos só aumenta, como nossa sociedade não muda?
Infelizmente só vemos aumentar a criminalidade, violência, corrupção (inclusive de pretensos evangélicos) em nosso país.
A explicação para o fenômeno pode residir na qualidade dos cristãos evangélicos brasileiros.
Pergunte a maioria se alguém tem o costume de ler a Bíblia. Pergunte quantos conhecem a Palavra de Deus. Quanto tempo levam por dia no estudo das Sagradas Escrituras?
O que vemos com tristeza em nossos corações são os louvorzões, congressos, campanhas, correntes de gideões, 70 ex-mães de santo, etc.
Mas pouco tempo ou nenhum com o estudo da Palavra de Deus.
Minha oração é que Deus faça um verdadeiro avivamento em nossa sociedade, o que certamente irá redundar em mudança de vidas, da sociedade e pessoas íntegras que glorifiquem a Deus com suas vidas.

sexta-feira, junho 08, 2007

Maldições hereditárias ou pecado pessoal?

Mesmo sem tempo para postar, resolvir contribuir com algo hoje.
Li este post no blog do Rev. Ewerton Tokashiki e gostei muito.
Quem quiser comentar para o autor, poderá fazê-lo
aqui.

Há alguns anos o meio evangélico têm se contaminado com uma perniciosa doutrina. Este ensino diz que: "apesar de você ter Jesus como o seu Salvador, e ser salvo, é possível que existam maldições hereditárias, ou seja, maldições por causa dos pecados de algum antepassado que não tenham sido perdoados, e que conseqüentemente, ainda recaem sobre a sua vida". Então, com esta doutrina se conclui que "por isso, você não é abençoado, não prosperá, e por causa disso você tem doenças e males que não consegue se livrar, apesar de ser salvo". Usam como base bíblica, geralmente, a passagem em que Deus declara que "visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem" (Êx 20:5). A Bíblia mal interpretada é a mãe das heresias! Esta ameaça pronunciada por Deus se refere aos que não eram salvos, e permaneciam na idolatria, desprezando ao único Deus vivo e verdadeiro. O Senhor não está declarando que apesar de convertidos Ele ainda assim persistirá em amaldiçoar por causa dos pecados dos pais! A maldição é para aqueles que aborrecem ao Senhor, e não sobre os que o amam; porque sobre os que amam o Senhor, a misericórdia perdurará até mil gerações! (Keil & Delitzsch, Biblical Commentary on the Old Testament, pp. 117-118).

É verdade que alguns textos nas Escrituras declaram que o pecado dos pais têm influência sobre a vida dos seus filhos (Lv 26:39; Is 55:7; Jr 16:11; Dn 9:16; Am 7:17). Mas, isto deve ser bem entendido, pois não é uma referência à maldição hereditária, mas à persistência dos filhos de não abandonar os pecados dos pais. Sendo fiéis ao contexto histórico de toda a narrativa, perceberemos que estas passagens são exortações ao arrependimento, porque a punição era por pecados que tiveram origem nos pais, ou antepassados mais remotos, mas eram pecados ainda perpetuados e praticados por eles mesmos. Nisto percebemos que o cultivo duma cultura familiar corrompida por vícios, idolatria e imoralidades, pecados que são cometidos em família, ensinados pelos pais aos filhos trará a ausência das bençãos pactuais de Deus, mas, cada um será responsável por si, e enquanto não houver verdadeiro arrependimento não haverá transformação.

Desde o Antigo Testamento esta idéia se fazia presente no meio do povo de Israel. O profeta Ezequiel denuncia o pecado do povo por acreditar "que tendes vós, vós que, acerca da terra de Israel, proferis este provérbio, dizendo: os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram?" (Ez 18:2). Entretanto, após a repreensão segue a intrução do Senhor dizendo: "tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, jamais direis este provérbio em Israel. Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá (Ez 18:3-4). A argumentação do profeta continua em todo o contexto posterior, deixando bem claro que cada um é responsável pelos seus próprios pecados, e não será o filho punido por causa do pai, nem o pai por causa do filho (versos 5-22).

Os discípulos de Cristo necessitaram ser corrigidos deste erro. Numa certa ocasião encontraram um jovem cego de nascença, e questionaram: "mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?" (Jo 9:2). A redundante resposta de Jesus fechou o assunto, ao dizer que: "nem ele pecou, nem os seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus" (vs. 3). Os males físicos e temporais são instrumentos da providência de Deus, para que a Sua glória se manifeste no meio do Seu povo escolhido, e assim, a Sua vontade se torne conhecida (Jo:9:35-39; Rm 8:28).

Quando os verdadeiros crentes caem em pecado, mesmo pecados graves e escandalosos, eles não são abandonados por Deus. Deus nunca desiste deles (Rm 8:31-39). Como um Pai restaura os seus filhos, os disciplina “porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos”(Hb 12:6, ARA). O apóstolo Paulo afirma esta mesma verdade dizendo que “quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo” (1 Co 11:32). É possível cair em pecado, mas é impossível cair da graça de Deus. O teólogo inglês J.I. Packer declara que "às vezes, os regenerados apostatam e caem em grave pecado. Mas nisto eles agem fora de seu caráter, violentam sua própria nova natureza e fazem-se profundamente miseráveis, até que finalmente buscam e encontram sua restauração à vida de retidão. Ao rever sua falta, ela lhes parece ter sido loucura."[Teologia Concisa, p. 224]. O pecado é corrigido individualmente.

Como individualmente pecamos, também somos chamados ao arrependimento! Não posso me arrepender por outra pessoa; entretanto, devo interceder por ela, se ela estiver viva. Não é possível pedir perdão pelos pecados dos meus filhos, nem irmãos, pais, avós ou qualquer outro antepassado. Pecado é confessado, e somente é perdoado pessoalmente. A Bíblia diz que as bençãos da Aliança acompanharão os nossos filhos, pois eles são filhos da promessa. Se você é filho de Deus, você é co-herdeiro com Cristo Jesus do amor de Deus (Rm 8:16-17), e esta é uma promessa para os seus filhos (At 2:39). Mas a Palavra de Deus não ensina que os nossos pecados serão cobrados dos nossos descendentes. Deus haveria de puní-los por uma irresponsabilidade nossa? A doutrina da maldição hereditária nega tanto a suficiência de Cristo, em perdoar graciosamente os nossos pecados, como a fidelidade de Deus em cumprir as Suas promessas.

Recomendo para uma leitura posterior:
1. David Powlison, Confrontos de Poder (Editora Cultura Cristã).
2. Augustus Nicodemus Lopes, Batalha Espiritual (Editora Cultura Cristã).

Escrito por Ewerton B. Tokashiki

domingo, fevereiro 04, 2007

Moisés foi o autor

Recomendo o texto do Rev. Ewerton Tokashiki sobre a autoria mosaica do Pentateuco postado em seu ótimo blog, o Estudantes de Teologia.

Moisés escreveu o Pentateuco

Não há no Pentateuco uma declaração objetiva de que Moisés tenha escrito o Pentateuco. Todavia, há testemunho suficiente, que apóia a sua autoria. A ausência do nome do autor harmoniza-se com a prática do Antigo Testamento em particular, e com as obras literárias antigas em geral. No antigo Oriente Médio, o “autor” era basicamente um preservador do passado, limitando-se ao uso de material e metodologia tradicionais, conforme já foi observado.

Para continuar a leitura, clique aqui.